quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Crônica do Natal


Desde a ascensão de Herodes, o Grande, que se fizera rei com o apoio dos romanos, não se falava na Palestina senão no Salvador que viria enfim... 

Mais forte que Moisés, mais sábio que Salomão, mais suave que David, chegaria em suntuoso carro de triunfo para estender sobre a Terra as leis do Povo Escolhido. Por isso, judeus prestigiosos, descendentes das doze tribos, preparavam-lhe oferendas em várias nações do mundo. 

Velhas profecias eram lidas e comentadas, na Fenícia e na Síria, na Etiópia e no Egito. Dos confins do Mar Morto às terras de Abilena, tumultuavam notícias da suspirada reforma... E mãos hábeis preparavam com devotamento e carinho o advento do Redentor. 

Castiçais de ouro e prata eram burilados em Cesaréia, tapetes primorosos eram tecidos em Damasco, vasos finos eram importados de Roma, perfumes raros eram trazidos de remotos rincões da Pérsia... Negociantes habituados à cobiça cediam verdadeiras fortunas ao Templo de Jerusalém, após ouvirem as predições dos sacerdotes, e filhos tostados do deserto vinham de longe trazer ao santuário da raça a contribuição espontânea com que desejavam formar nas homenagens ao Celeste Renovador. Tudo era febre de expectação e ansiedade. 

Palácios eram reconstruídos, pomares e vinhas surgiam cuidadosamente podados, touros e carneiros, cabras e pombos eram tratados com esmero para o regozijo esperado. Entretanto, o Emissário Divino desce ao mundo na sombra espessa da noite. Das torres e dos montes, hebreus inteligentes recolhem a grata notícia... Uma estrela estranha rutila no firmamento. 

O Enviado, porém, elege pequena manjedoura para seu berço de luz. Milícias angelicais rejubilam-se em pleno céu... Mas nem príncipes, nem doutores, nem sábios e nem poderosos da Terra lhe assistem a consagração comovente e sublime. São pastores humildes que se aproximam, estendendo-lhe os braços. 

Camponeses amigos trazem-lhe peles surradas. Mulheres pobres entregam-lhe gotas de leite alvo. E porque as vozes do Céu se fazem ouvir, cristalinas e jubilosas, cantam eles também... - "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os Homens!..." Ali, na estrebaria singela, estão Ele e o povo... 

E o povo com Ele inicia uma nova era... 
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É por isso que o Natal é a festa da bondade vitoriosa. Lembrando o Rei Divino que desceu da Glória à Manjedoura, reparte com teu irmão tua alegria e tua esperança, teu pão e tua veste. Recorda que Ele, em sua divina magnificência, elegeu por primeiros amigos e benfeitores aqueles que do mundo nada possuíam para dar, além da pobreza ignorada e singela. 

Não importa sejas, por enquanto, terno e generoso para com o próximo somente um dia... Pouco a pouco, aprenderás que o espírito do Natal deve reinar conosco em todas as horas de nossa vida. Então, serás o irmão abnegado e fiel de todos, porque, em cada manhã, ouvirás uma voz do Céu a sussurrar-te, sutil: - Jesus nasceu! Jesus nasceu!... 

E o Mestre do Amor terá realmente nascido em teu coração para viver contigo eternamente. 

Pelo Espírito Irmão X 
XAVIER, Francisco Cândido. 
Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB. Capítulo 47.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

FEB INICIA CAMPANHA "CONHEÇA O ESPIRITISMO" - VEJA FOLDER DA CAMPANHA


A FEB- Federação Espírita Brasileira iniciou hoje a Campanha Conheça o Espiritismo. Por meio de informações e ações divulgará conceitos da nossa Doutrina com intuito de esclarecer mentes e consolar corações. Conheça, divulgue!

Clique aqui e leia o folder na íntegra!

FOTOS DO SEMINÁRIO ESPÍRITA DO PROJETO VAGA-LUME EM TUPARETAMA (22 de Novembro)








sábado, 31 de outubro de 2015

O ESPÍRITA E O RESPEITO AOS MORTOS



Como espíritas sabemos perfeitamente que o espírito que animou o corpo, já reduzido a pó e cujos restos se encontram na intimidade de um tumulo, ali não permanece jungido a espera de visitação. Mas isto não significa que a alma desencarnada seja insensível às almas amigas que buscam reverenciá-las ainda que à beira de uma tumba da qual não estão fazendo efetivamente a sua morada. 

Certamente, vão se aproximar dos visitantes, recolher as preces sinceras que partem dos corações sensíveis, vão abraçá-las, encorajá-las, chorar juntas, oscularem-se, consolarem-se. É bem verdade que os estados espirituais não são os mesmos, as reações não são iguais e as vibrações podem não ser das melhores. Mas a lembrança, com certeza, nunca vai ser pior que o abandono. 

Em O Livro dos Espíritos na questão 320 quando Allan Kardec pergunta se os Espíritos se sensibilizam quando lembrados por aqueles que lhe foram caros na Terra respondem: “Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade. Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo”. 

Nas perguntas seguintes sobre o tema aduzem os espíritos: “Os espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que na Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.” (Q. 321). “Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento. Porém, cada Espírito vai lá somente pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.” (Q.321-a) “Aí comparecem sob a forma que tinham quando encarnados”. (Q. 321-b) Na questão 322 Allan Kardec questiona como se comportam aqueles esquecidos, cujos túmulos ninguém vai visitar, e se experimentam algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra dele, ao que os espíritos respondem: “Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nos achamos a ela presos. Desde que ai ninguém mais lhe vota afeição, nada mais prende a esse planeta o Espírito, que tem para si o Universo inteiro.” 

Prosseguindo até a questão 329 de O Livro dos Espíritos, onde Allan Kardec ouve os espíritos sobre a Comemoração dos Mortos e Funerais, chegamos à conclusão de que devemos respeitar aqueles que ainda tem esse costume, as vezes muito freqüentes, aproveitando o ensejo, quando possível, para falar-lhes respeitosamente sobre a imortalidade da alma, obre a proximidade dos desencarnados com os que aqui permanecem e sobre a possibilidade concreta de ajudarem-se mutuamente. Ressaltar sobre o valor da prece que deve ser exercitada em beneficio dos desencarnados, não exclusivamente em cemitérios, mas no nosso dia a dia através do pensamento de gratidão adornado por gestos altruístas que lhes possam agradar. 

O que queremos dizer nestas singelas palavras é que não devemos desmerecer aqueles que ainda precisam dessa manifestação exterior como forma de validar ou de materializar esse sentimento de apreço e gratidão àqueles que já partiram e que em seus corações deixaram a marca indelével da saudade. Embora no meio espírita seja prática quotidiana orar por encarnados e desencarnados, respeitemos esse costume que enseja a aproximação entre aqueles que se amam nas duas humanidades que se entrelaçam.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PALESTRA ESPÍRITA - MEDIUNIDADE E HUMILDADE

Palestra realizada no Hospital Espiritual Ricardo Menezes, Núcleo II do Núcleo Central de Orientação de Medicina Espiritual do Nordeste, em Santa Cruz do Capibaribe -PE, no dia 10 de Outubro de 2015 . A Palestra foi ministrada sob a inspiração da Dra. em Medicina Espiritual Cristina Santos, através do médium Wandir Barbosa.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

JOANNA DE ÂNGELIS: FILOSOFIA DE COMPREENSÃO


No transcurso de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais.
Uma pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.
Outra, irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.
Mais alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.
Outrem mais, de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa-te, levianamente...
Tens vontade de reagir.
"Também sou humano" — costumas pensar.
Somente que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.
Deves nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.
Ninguém passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.
Cada qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é natural.
O que se não possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.
Não é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.
Faz-se mister que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter, aquela que censuras nos outros.
Lapidando as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.
Aqueles que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e uodenais, vivem indispostos.
Será que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?
Segue em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.
Isto será melhor para ti e para todos.
*****

Pelo Espírito: JOANNA DE ÂNGELIS

Psicografia: Divaldo Pereira Franco.

Livro: Episódios Diários

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ACEITE A CORREÇÃO - Reflexão espírita sobre Espístola de Paulo aos Hebreus

Paulo, Apóstolo, em sua Epístola aos Hebreus, prescreve: Na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça naqueles exercitados por ela...
Como você tem lidado com as correções que recebe? Você é daquelas pessoas que não admite ser corrigida? Que mesmo que o outro tenha razão nos apontamentos, não dá o braço a torcer e não assume que errou, na presença de alguém?
Ou já consegue absorver bem as críticas, sorvendo o que elas podem lhe trazer de bom? Quanto é difícil para você dizer: Desculpe, você está certo?
Reflitamos com a mensagem do Espírito Emmanuel, do livro Fonte Viva:
A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempo, de seus sulcos retificados brotam flores e frutos deliciosos. A árvore, em regime de poda, perde grandes reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura. A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.
Qual ocorre na esfera simples da natureza, acontece no reino complexo da alma.
A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa? mas, naqueles que lhe aceitam a luz, resulta em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça. A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento, mas o homem, campeão da inteligência no planeta, é livre para recebê-la e ambientá-la no próprio coração. O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.
Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.
Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na maior parte das vezes, não chega envolvida em brancura, e, quando levada aos lábios, não se assemelha a saboroso confeito. Surge, revestida de espinhos ou misturada de fel, como remédio curativo e salutar.
Não percamos, portanto, a preciosa oportunidade de aperfeiçoamento. A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação que nos compete aproveitar.
Só não suporta críticas aquele que ainda é dominado pelo vício do orgulho.
Por mais duras que sejam e, por vezes, carregadas de veneno, precisamos aprender com elas, retirando apenas o remédio de que necessitamos para crescer. Essa é a postura da humildade, é a postura daqueles que ganham a existência, que avançam sem cessar. Os orgulhosos, os teimosos, os endurecidos, esses ficam para trás, estagnados. Não tenha medo de ser criticado. Se você se enxerga muito suscetível, isto é, aquele que a qualquer sinal de correção se magoa, se retrai, é bom rever as atitudes, refazer os caminhos.
O mundo de provas e expiações é também o mundo da lapidação. Pedras brutas que somos vamos sendo esculpidas pela vida, e as críticas são poderoso cinzel, que não deve nos dar medo.
Aceitemos a correção.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 6, do livro Fonte Viva, pelo Espírito
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, ed. FEB.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

PALESTRA ESPÍRITA - INICIAÇÃO AO ESPIRITISMO, PERGUNTAS E RESPOSTAS

- Uma verdadeira aula de "Iniciação ao Espiritismo", ministrada por Therezinha Oliveira, educadora, escritora e oradora, com mais de 50 anos de atividades na seara espírita.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

JANELAS DA ALMA - Mensagem de Joanna de Angelis

Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séqüito de ocorrências.


O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.

As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.

Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.

Pelo espirito: Joanna de Angelis 
Medium: Divaldo Franco

terça-feira, 13 de outubro de 2015

FILME COMPLETO: BEZERRA DE MENEZES, O DIÁRIO DE UM ESPÍRITO

A vida de nosso personagem começa em 1831 na localidade de Riacho do Sangue, Ceará. No universo sertanejo forjou seu caráter e aos dezoito anos inicia no Rio de Janeiro seus estudos de medicina. Na Capital da República foi um grande abolicionista e elegeu-se vereador e deputado em várias legislaturas. 

Porém, o trabalho anônimo em favor dos mais humildes foi que lhe trouxe o maior reconhecimento de seu povo, que o chamava Médico dos Pobres. Sua trajetória foi marcada pelo amor e pela caridade. Seja como o político devotado às causas humanitárias ou como o médico conhecido por jamais negar socorro a quem batesse à sua porta. 

Um exemplo de homem que fez da sua vida um meio de servir ao próximo e à sua pátria. Contar a vida desse ilustre Cearense é um projeto que ambiciona, mais do que prestar tributo à um grande homem, possibilitar, através do audiovisual, o contato do grande público com as minúcias do seu pensamento e conhecer passagens relevantes de sua vida para melhor compreender a magnitude da sua obra. 

"O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que, sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida". (Bezerra de Menezes).


MENSAGEM DE ESPERANÇA - TUDO PASSA (Emmanuel)


sábado, 3 de outubro de 2015

MENSAGEM DE ALBINO TEIXEIRA : LÓGICA ESPÍRITA


A Lei de Deus permite: 

Que desfrutemos tantas posses, quantas sejamos capazes de reter honestamente, mas espera estejamos agindo com elas, em benefício dos outros; 

Que tenhamos tanta cultura, quanto os recursos da própria inteligência no-lo permitam, mas espera nos empenhemos a convertê-la em realização no bem de todos;

Que sejamos felizes, mas espera busquemos fazer a felicidade dos semelhantes que sejamos amados, mas espera nos transformemos em amor para os nossos irmãos;? 

Que solucionemos as nossas necessidades, mas espera que não venhamos a prejudicar ninguém, no campo dos deveres em que nos achamos comprometidos;

Que sejamos desculpados em nossas faltas, mas espera perdoemos sem condições as ofensas que se nos façam; 

Que usufruamos os bens do Universo, mas espera nos mostremos prontos a reparti-los sempre que necessário;

Que se pense ou fale mal de nós, tanto quanto se queira nos círculos de nossa convivência, mas espera nos devotemos a guardar a consciência tranquila; 

Que erremos, em nossa condição de almas imperfeitas ainda, mas espera que na base de nossos fracassos permaneça brilhando a luz da boa intenção. 

Enfim, a Lei de Deus permite sejamos quem somos, mas nos apoia ou desapoia, abate ou exalta, corrige ou favorece pelo que somos, através do que fazemos de nós, porque Deus não cogita daquilo que parece, mas daquilo que é.

Albino Teixeira
Psicografia de Chico Xavier