domingo, 19 de fevereiro de 2012

DE MARCO PRISCO: CONSELHOS SIMPLES

"A revolução que se apresta é antes moral,
do que material."
(Alan Kardec, E.S.E., Cap.1 - Item 10.)










Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.
Trabalho continuado - rendimento vultuoso.
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Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.
A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.
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Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.
O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.
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Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.
Mente asseada - corpo equilibrado.
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Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.
Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.
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Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.
Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.
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Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.
Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.
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Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.
A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.
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Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.
A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.
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Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.
Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.


Marco Prisco (Espírito)
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
4a edição. Salvador, BA: LEAL, 1993.

BOM DOMINGO! Mensagens para sua reflexão





domingo, 12 de fevereiro de 2012

CARTÕES DO CEMIL - mensagens para iluminar seu dia


SAÚDE INTEGRAL

A sofisticação tecnológica da Medicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o homem é as células que lhe constituem a organização somática.

Negando, por sistema, a realidade do ser integral, - espírito, perispírito e matéria - detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento, e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anóxia, alguns minutos depois da parada cardíaca...

Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encontrando confirmação e respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mente-corpo, como termos da equação existencial.

Face a essa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem estar psicológico, econômico e social.

O paradigma da atualidade em torno da saúde leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia, ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas como portador de muitos problemas que, não raro, a doença exterioriza, mascarando-os nas gêneses profundas do estado patológico.

Volve-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo à catarse liberativa das angústias e tormentos que ofre, para que, então, nele se instale de volta a saúde.

A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instrumentos para sua aquisição.

Forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas. Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas.

Examinado desse ponto de vista, compreender-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes, para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde.

Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, que cada criatura é o resultado das realizações morais, espirituais da sua mente, como já observavam os gregos antigos...

A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos.

Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um excelente tratado de psicoterapia, cuja aplicação resultará em bem-estar e harmonia.

Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, considerando sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e sua condição de imortalidade.


Lentamente, face ao volume das aflições que dominam as paisagens humanas, e às enfermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à descoberta dos seus recursos éticos, auto-estima, ao autoaprimoramento.

O amor, nesse cometimento, assume papel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos, fundamentais na luta pela preservação da saúde.

A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermidade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença.

Bombardeios mentais através da visualização, sobre tumores de origem cancerígena, logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los. Todavia, se o sentimento de amor acompanha a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio enquanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes.

Nesse aspecto, o querer é imprescindível e o crer essencial, face à continuidade do fluxo mental, sem vacilações, suspeitas e receios que lhe interrompam essa continuidade.

A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de oito a doze ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável.

Nesse campo, o autodescobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego que levam à fuga da responsabilidade e do respeito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo.

A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnologia médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se autopunem por ignorância e se autodestroem por desequilíbrio emocional, mediante pugnas íntimas incessantes...

O amor, que pertencia às áreas da sociologia e da filosofia, além das análises literárias, passa hoje a ser elemento fundamental para os conteúdos do comportamento e da conduta na preservação da sanidade.

Mantendo-se, desse modo, a recomendação do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de experiência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo ou se expressem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente se torna terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda - a alegria de viver saudavelmente.

Pode-se, portanto, experimentar saúde integral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida.
A visão médica, com paradigmas holísticos em torno da saúde e da doença, faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria.

Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o Espírito e o soma, como decorrência das reencarnações anteriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 
Da obra: Momentos Enriquecedores.
Salvador, BA: LEAL, 1994.